sexta-feira, 13 de julho de 2012

" OS NOSSOS TALENTOS "







Havendo subido com seus discípulos ao monte das Oliveiras, dias antes de ser crucificado, disse-lhes o Mestre: "O Senhor age como um homem que, tendo de fazer longa viagem fora do seu país, chamou seus servidores e lhes entregou seus bens. Depois de dar cinco talentos a um; dois a outro e um a outro, segundo a sua capacidade, partiu imediatamente. Então, o que recebera cinco talentos foi-se, negociou com aquele dinheiro e ganhou outros cinco. O que recebera dois, da mesma sorte, ganhou outros dois; mas o que apenas recebera um, cavou na terra e aí escondeu o dinheiro de seu amo. Passado longo tempo, o senhor daqueles servos voltou e os chamou as contas. Veio o que recebera cinco talentos e lhe apresentou outros cinco, dizendo. - Senhor, entregaste-me cinco talentos; aqui estão, além desses, mais cinco que lucrei. Respondeu-lhe o amo: - Bem está, servo bom e fiel, já que foste fiel nas coisas pequenas, dar-te-ei a intendência das grandes. Entra no gozo de teu Senhor. O que recebera dois talentos, apresentou-se a seu turno e lhe disse: - Senhor, entregaste-me dois talentos; aqui estão, além desses, dois outros que ganhei. E o amo: - Servidor bom e fiel, pois que foste fiel em pouca coisa, confiar-te-ei muitas outras. Compartilha da alegria do teu senhor. Veio em seguida o que recebera apenas um talento e disse: - Senhor, sei que és severo, que ceifas onde não semeaste e colhes de onde nada puseste, por isso, como tive medo de ti, escondi o teu talento na terra; eis, aqui tens o que é teu. O homem, porém, lhe respondeu: - Servidor mau e preguiçoso, se sabias que ceifo onde não semeei e que colho onde nada pus, devias pôr o meu dinheiro nas mãos dos banqueiros, a fim de que, regressando, eu retirasse com juros o que me pertence. E prosseguiu: Tirem-lhe, pois, o talento que está com ele e dêem-no ao que tem dez talentos, porquanto, dar-se-á a todos os que já têm e esses ficarão cumulados de bens. Quanto àquele que nada tem, tirar-se-lhe-á mesmo o que pareça ter; e seja esse servidor inútil lançado nas trevas exteriores, onde haverá prantos e ranger de dentes" ( Mateus, 25 :14 a 30 ).


Essa parábola do mestre nos leva a um momento de profunda reflexão,

Quais seriam os talentos confiados a nós pelo nosso senhor e o que temos feito deles ??
Seriam esses talentos a nossa paciência com os irmãos que nos cercam, a humildade e entendimento para sabermos que não somos perfeitos e com isso não possuímos a verdade suprema e absoluta, a nossa mansidão diante das desavenças da vida, a nossa quietude diante das agressões sofridas, o nosso amor, diante das ingratidões do cotidiano, a nossa fé, diante das injustiças sofridas, a nossa perseverança, diante das dificuldades ??
Seriam esses talentos as oportunidades de auxiliarmos os nossos irmãos menos afortunados, a palavra amiga expressada num momento de dor alheia, o agasalho que veste as crianças, o pão que alimenta os pobres, a nossa sensibilidade com o sofrimento do próximo??

Todos nós vivemos incessantemente buscando o nosso próprio crescimento, seja ele profissional, buscando novos empregos, novos recursos, novas oportunidades de vivermos melhor e com mais facilidades, as vezes de forma desorientada, buscamos sempre a nossa satisfação em coisas na maioria das vezes não tão necessárias quanto acreditamos ser, e assim permitimos que a vida passe por nós sem que tenhamos passado por ela, esquecendo que ascenderemos juntos, indo em direção a Deus nosso pai, e no momento do ajuste de contas com o nosso senhor não teremos lucrado com os seus talentos, quando muito teremos perdido o que nos foi confiado.

Reflitamos sobre isso...



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