Mencionamos,
com muita frequência, que os inimigos exteriores são os piores expoentes de
perturbação que operam em nosso prejuízo. Urge, porém, olhar para dentro de
nós, de modo a descobrir que os adversários mais difíceis são aqueles de que
não nos podemos afastar facilmente, por se nos alojarem no cerne da própria
alma.
Dentre
eles, os mais implacáveis são:
Ø o egoísmo, que nos tolhe a visão espiritual,
impedindo vejamos as necessidades daqueles que mais amamos;
Ø o orgulho, que não nos permite acolher a luz
do entendimento, arrojando-nos a permanente desequilíbrio;
Ø a vaidade, que nos sugere a superestimação do
próprio valor, induzindo-nos a desprezar o merecimento dos outros;
Ø o desânimo, que nos impele aos precipícios da
inércia;
Ø a intemperança mental, que nos situa na
indisciplina;
Ø o medo de sofrer, que nos subtrai as melhores
oportunidades de progresso, e tantos outros agentes nocivos que se nos instalam
no Espírito, corroendo-nos a energias e depredando-nos a estabilidade mental.
Para
a transformação dos adversários exteriores contamos, geralmente, com o amparo
de amigos que nos ajudam a revisar relações, colaborando conosco na
constituição de novos caminhos; entretanto, para extirpar os que moram em nós,
vale tão-somente o auxílio de DEUS, com o laborioso esforço de nós mesmos.
Reportando-nos aos inimigos externos, advertiu-nos JESUS que é preciso perdoar as ofensas setenta vezes sete vezes, e decerto que para nos descartarmos dos inimigos internos – todos eles nascidos na trevas da ignorância – prometeu-nos o Senhor: “conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres”, o que equivale dizer que só estaremos a salvo de nossas calamidades interiores, através de árduo trabalho na oficina da educação.
Emmanuel,
do livro Alma e Coração, médium Francisco Cândido Xavier
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